terça-feira, 30 de agosto de 2011

Eu (de verdade)

Não há o que escrever. Não existem palavras que possam expressar meu momento. Tenho enfrentado a mim mesmo diariamente, erguendo a cabeça e seguindo meus passos sem saber onde eles vão levar. Facilmente sou levado pelo vento e o caminho ainda é sombrio, misterioso. Me pego, no meio do percurso, lembrando do meu passado com a minha mãe, do meu tempo de calouro e de ti. Tenho procurado estar mais presente com a minha "véia" (apelido da mãe), aos poucos estou me readaptando à insegura faculdade e ainda choro a tua distância literal de mim. Me sinto sozinho, jogado no meio do nada, sem ninguém para me dar um abraço. Só que quado caminho neste lugar, algumas pessoas aparecem e te procuro entre elas ou até mesmo nelas, na ânsia de me sentir amado, maquiando o desejo visceral de estar contigo novamente me acalmando e me dizendo que vai estar tudo bem. Não quero mais esta vida para mim. Quero aquela em que tudo estava bem. Quero aquela segurança toda de poder estar tranquilamente bem de volta.

Pra Rua Me Levar - Ana Carolina

Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho onde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus, e que não abro mão
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar, e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
Eu vou lembrar você

É mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar, e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora