terça-feira, 19 de maio de 2009

Rapidinha

O que leva uma pessoa a se acomodar em uma profissão e não procurar aprimorar-se com cursos, inclusive curso superior? Conversando com uma amiga que me disse que um senhor trabalha há tempos como guarda do nosso local de trabalho, chego a conclusão de que cada um é o que realmente quer ser, pois as oportunidades são dadas a todos, porém, pegam-nas, agarram-nas quem quer. Em nossa cidade há duas faculdades, sendo que uma é federal e a outra particular, então, qual o motivo deste senhor ser guarda para a vida toda? Comodismo. Não estou desmerecendo a classe, mas um guarda que cuida de lugares, tipo seguranças, não ganham tão bem e poderiam, com certeza, procurar algo melhor. Encaro isso como comodismo, pois o mesmo está recebendo seu salário em dia e não se incomoda no serviço. Bobagem! Poderia estar recebendo bem mais e trabalhando bem menos, por exemplo, porém, com um curso superior. Pensamentos, críticas e conclusões. Falsas, precipitadas ou sem fundamento. Todas minhas!

Amy Winehouse em Rio Grande


Ontem (há muito tempo) aconteceu uma coisa, no mínimo, inusitada. Depois da aula um amigo meu, o qual considero como meu irmão convidou-me para tomar uma cerveja. Eu, na minha ingenuidade, não percebi que ele queria ir para festas. Tudo bem. Topei a cerveja! Começamos com uma, pois sempre tem que ter um começo, afinal e depois já estávamos na quarta ou quinta rodada. O ônibus que nos levaria para casa já tinha passado e o próximo sairia somente às 5:15 horas da manhã. Quando vi que a minha casa estava mais longe do que pensava tentei, por algum momento, relaxar. Não consegui! Fomos dar uma volta na frente de uma festa badalada por jovens e notei que a mesma estava cheia. Porém, não foi ali que entramos. Fomos para uma festa estranha com gente esquisita. Eu não estava legal! Dentro dessa festa há uma escadaria que leva as pessoas para o segundo andar. Como bons exploradores de territórios subimos até o segundo andar. Estávamos tendo a visão do inferno. Nunca tinha visto tanta gente feia em poucos metros quadrados. Um aglomerado de gente do “avesso” e com piercings nos umbigos escondidos por uma camada grossa de “excesso de gostosura”. Ali, na festa, não podia falar que as pessoas eram gordas ou feias ou qualquer outro adjetivo qualquer, pois seríamos linchados, afinal, éramos estranhos no ninho. Me perguntava a toda hora qual era o verdadeiro motivo de estar ali. Queria muito a minha cama, a minha casa, o meu território. Mulheres se agarravam dançando para chamar a atenção de dois caras que não só as encaravam como também as despiam com olhos. Tudo era muito engraçado, mas tinha de me manter sério. Sentia-me como sendo o Paulo Zulu de Rio Grande, para terem noção da feiúra das pessoas. Falando em gente famosa... Avistei a cantora Amy Winehouse várias vezes. É sério! Ela estava lá. (risos). Ela apareceu na versão negra, na versão morena, na loira, na gorda, na jovem e na versão idosa, também, porque não!? Todas essas mulheres mostrando os topetes à la Amy. Isso me deixava com muita vontade de rir, de apontar para elas e soltar uma piadinha debochada, mas não podia fazer isso! Fomos para o primeiro andar para tomar um ar puro, pois a confusão de cheiros e odores era tamanha que estava me cheirando para ver se saía de mim aquela poluição olfativa. Chegando em solo firme e longe de qualquer cheiro, avistamos uma menina muito bonita. Deve ter uns 16 ou 17 anos, no máximo. Mais ou menos 1m e 65cm, cabelo loiro cacheado e olhos verdes. Simpática! A mais bonita da festa e nem era tão bonita assim. Tentamos puxar um assunto com um simples “oi”, porém, ela é uma mulher de negócios e disparou: _ “Vocês querem dar um teco? Eu tenho bucha de 10 reais e de 20 reais. E aí? Querem?”. Essa hora eu já nem me perguntava o que estava fazendo ali e sim como e a que horas sairíamos daquela festa. Respondemos para a “menina empresária”: _ Não, obrigado!”Essa noite vi a promiscuidade das meninas de 16 anos e a submissão das mesmas à sociedade que elas vivem. Tudo era estranho. As pessoas eram estranhas, o lugar era estranho, a cerveja já estava descendo de forma estranha. Nada foi como planejei. Antes de tudo tinha dito para mim mesmo que seria só uma cerveja. Não foi o que aconteceu. Foi uma noite muito longa que não esquecerei mais. Histórias ficam para as pessoas e para, talvez, os filhos. Será que eles farão isso ou serão mais responsáveis que eu? (risos). Enfim, cheguei em casa 6 horas da manhã e minha mãe esperava-me na sala. Estava preocupada e aparentando cansaço. Logo mais à noite contarei para ela a noite de loucura que tive.

domingo, 10 de maio de 2009

Perfil De Um Sonhador

Um cara que sonha com um futuro melhor para ele e todo o mundo pode ser considerado um sonhador ou um romântico? Um guri que vive dentro de uma sociedade hipócrita e bajuladora dos mais ricos e que constrói cada vez mais alto um muro de distinção entre os abonados e os mais humildes pode ser considerado político ou apenas mais um que condena e não faz nada?

Respeitar a diferença, salientar o valor da vida e ser desprovido de sentimentos materialistas me torna hipócrita, mentiroso ou político sacana? Viver em uma constante inconstância, sou, por isso, inconveniente, impertinente, desagradável ou alguém que sabe o que quer ou o que não quer? Não ser humilde, às vezes, apenas, e admitir isso, denota que sou hipócrita, arrogante ou honesto?

Estar em meio a uma bagunça de um quarto, bagunça esta, organizada ou pelo menos tenta ser, me torna mais infantil, mais relaxado ou displicente? Viver, simplesmente, desconsiderando pessoas que fazem mal, talvez, por causa de possíveis energias negativas ou qualquer outra “coisa” do gênero me faz antipático ou estou apenas me protegendo?

Vamos conversar como civilizados, que todos somos, pois acreditamos na educação, pelo menos de berço, já que a da escola está longe de abranger todo o país, apesar de estar melhorando, vagarosamente. Sobre tudo que comentei, perguntei e respondi, embora, algumas respostas estejam implícitas, nasce outras perguntas e três delas são: o guri está revoltado, tendo alguma crise existencial? Pode ser que ele esteja sobre efeito de alucinógenos ou qualquer outro tipo de droga, será? Ou, enfim, então, o que faremos?

Ora, devemos ter um ideal! Mas, em meio a julgamentos precipitados, corrupções ocorrendo no meio dos menos privilegiados, até, para ter noção do problema, enfim, como acabar com tudo isso? Não sei, mas creio que se parássemos para pensar um pouco, pelo menos, sobre isso, formaremos sociedades mais justas e interessantes. Talvez eu, tu ou até mesmo ele, que lê pulando os parágrafos, pois, quem sabe, esteja achando uma leitura chata, não estaremos mais aqui e ficará o apelo para nossos sobrinhos, netos, bisnetos. Fica o pedido a eles para que não cometam o mesmo erro nosso de hoje e de ontem, para que amanhã o sol nasça para todos e todas.

Qual o verdadeiro motivo para condenarmos alguém que tem tatuagens nos braços, por exemplo? Qual o motivo de execrarmos da sociedade alguém que está viciado em drogas, se este mesmo indivíduo o que, realmente, precisa é de uma mão amiga e um pouco de persistência para se livrar do vício? Particularmente, detesto quando não perguntam por quê! Qualquer “porque”. Seja ele junto, separado, com acento, sem acento, enfim, não lembro da regra, mas não gosto quando aceitamos regras hipócritas que viram leis.

Um desabafo: estou cansado de pensamentos pobres, medíocres e insignificantes como os de várias pessoas. É engraçado, mas as marcas de roupas, as boas, existem para pessoas que podem comprar. Existem para pessoas que podem pagar pelo simples fato de possuírem dinheiro. Estas conceituadas grifes não foram criadas para atender os menos favorecidos que compram uma calça de trezentos reais em setenta vezes e se acham no direito de pensar que é melhor que o ser que está sentado ao seu lado. Porém, muitas vezes, este mesmo ser que não tem roupa de marca porque não pode pagar usa seu dinheiro para sustentar uma família que sonha com um final feliz, e que ainda tem esperança.

Usar de subterfúgios falsos, “pseudo-conceitos” é imoral, é baixo, é coisa de gente fútil. Aceitar as diferenças, por exemplo, entre pobre e rico é de uma grandeza sem tamanho, pois vivemos em uma sociedade onde a cada dez pessoas, uma ou duas não têm preconceito de natureza financeira. Parece brincadeira, mas ainda existe o racismo.

É... O que falta em todos é uma humanização radical. Também, pode estar faltando um pouco de dignidade e moral. Estamos precisando de uma limpeza geral de água sanitária nos conceitos idiotas de algumas pessoas que aprovam coisas inúteis, enquanto nem se quer pensam, refletem sobre coisas realmente mais interessantes e relevantes.

Não era muito bem o que ia escrever, mas valeu a pena. Mais um desabafo na madrugada. Espero não ter assustado ninguém! (risos)

Mãe

Se tu és um filho ou filha como eu, deves pensar a mesma coisa: A MINHA MÃE É A MELHOR DO MUNDO! Será que estou enganado? Com certeza absoluta e indiscutível não! Segundo o dicionário Aurélio da língua portuguesa, mãe é: mulher ou qualquer fêmea que deu a luz a um ou mais filhos. Ora, mas que coisa engraçada! Então, quer dizer que nossa mãe é uma lâmpada? Uma vela? Um isqueiro? Um abajur? Talvez seja uma luminária, dependendo da altura. Sim, pois uma mãe com até 1,60m é um abajur e a partir deste comprimento passa a ser uma luminária. Será nossa mãe uma lanterna? Ou, mais profundamente, será a luz do fim do túnel, que tanto procuramos?

O dicionário está totalmente equivocado! Há mães que não dão a luz à crianças e mesmo assim são mães. O mesmo acontece com os animais, por exemplo, uma cadela que adota qualquer outro bicho é mãe. Ser mãe é estar presente sempre. Ser mãe é ser chata, pedindo para colocarmos nossos casacos, por estar está frio. Ser mãe é ser carinhosa, passando a mão em nossos cabelos, antes de dormir ou em qualquer hora do dia. “Eme”, “a” e “e”: uma palavra tão pequena, tão curta e tão grande ao mesmo tempo. Tão onipresente, tão importante!

Palavra grande porque dá sentido à nossas vidas, guiando-nos pelo caminho certo, do bem e livrando-nos, dentro do possível, do mal. Grande de amor (salvo, alguns casos que existem por aí e que nos chocam). Enorme de compreensão e respeito. Ora, uma palavra tão extensa a ponto de nos acompanhar por toda a vida, às vezes, em pensamentos e lembrança, mas mesmo assim, sempre presente. Mãe parece ser um pássaro com asas grandes e compridas que se abrem para nos abraçar, nos proteger, nos aquecer, nos amar e ali, de baixo dessas asas nos sentimos completos, perfeitos, protegidos e super heróis.

Mãe é uma heroína, do tipo de desenhos animados. Usam de tudo para sermos mais felizes, sermos melhores que elas, sermos pessoas de bem, sermos alguém que, realmente, faz a diferença. Mãe é quem cria, quem ama, quem dedica o seu tempo aos filhos, ou ao trabalho para justamente não faltar nada em casa para dar todo o conforto necessário à sua cria. Mãe é perfeita, pelo menos a minha é. Erra? Claro! Mas erros de mãe são perdoáveis e esquecíveis. Erram quando se preocupam conosco? Não! Quando nos fazem mil e uma perguntas sobre onde vamos, com quem vamos e que horas voltamos? Nãããooo!

Preocupação é denotação de amor e amor, este, eterno, inacabável, incomensurável, insubstituível, incapaz de abalar-se por poucas coisas. Amor de mãe é puro, honesto, é limpo, lindo, é único. Amor de mãe é como estar displicente a todas as coisas que nos rodeiam, pois é como se aquilo bastasse. É como se o amor delas fosse capaz de representar qualquer coisa em nossas vidas. Não estou conseguindo explicar, mas é como se bastasse nossas mães nos amar para estarmos completos, estarmos em paz, estarmos felizes. É óbvio que a realidade não é assim, infelizmente, pois a mesma é dura e insensível. Há vários fatores que nos fazem felizes, além do amor de nossas amadas mães.


Falando, particularmente, da minha luz, da minha luminária, pouco tenho a contar sobre ela. Pouco? Oh! Pouco porque é pessoal da vida dela e da minha, mas deixo claro que somos muito mais que mãe que manda e filho que obedece. Somos amigos, somos parceiros, somos mãe e filho namorados, daqueles que saem de mãos dadas nas ruas e no supermercado. Somos cúmplices nas bobagens, nas horas de piadas e nas horas tristes e também nas tensas. Somos carne e unha ou vice e versa! Somos fiéis um ao outro. Entendemos-nos pelo olhar, pelo gesto.

Começou a vermelhidão dos meus olhos e os mesmo ficaram, sem querer, levemente umedecidos, desobedecendo meus sentidos e fazendo com que a primeira lágrima caia sobre a roupa preta que visto. A emoção de poder falar, contar e prestar essa homenagem para minha mãe, a Senhora Leda Bandeira de Carvalho é enorme. Não é novidade para ela tudo o que escrevi, pois falo o que vocês todos estão lendo diariamente para quem quiser ouvir e para a dona Leda, também.

Mãe, minha, e de minhas irmãs: nem o céu, nem o mar, nem a força devastadora do fogo e nem a esperança que temos em nosso peito é tão maior ou igual ao amor que sinto por ti.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Humildade


Tento ser humilde... Mas meu time não deixa!